A delicadeza de um Momo

Receitas

Os momos são delicados raviólis com um recheio de sabor suave, que podem ser fritos ou cozidos a vapor. A receita é bem conhecida no Tibete e no Nepal, mas os momos também são comuns em certas zonas da Ásia Central e da da China, assim como no norte da Índia.

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Receita de momo de legumes (veg momo)

Os momos têm um invólucro delicado, quase transparente, e um interior de legumes finos, com um toque de gengibre. Juntamente com o dal bhat, são é um dos pratos mais pedidos nos albergues de montanha do Nepal. E a partir daí, cada encontro com um prato de momos (uma dose são 8 a 12 destes pequenos raviólis) desencadeia uma série de recordações emotivas, um desfilar de picos, vales, momentos de beleza por vezes muito cansativos – que desapareciam por magia frente a estas pequenas maravilhas.

Em Kashgar (China) Podemos assistir ao fabrico dos utensílios para cozer a vapor.

Os momos podem ser fritos ou cozidos a vapor; preferimos o vapor, que realça o sabor delicado dos legumes. Também encontrei momos de batata e de cogumelos, mas a receita que aqui fica é a mais comum e a mais simples de todas.

Para uma receita de 15 a 17 momos, é preciso um copo de farinha, uma colher de sopa de óleo (uso de amendoim, bastante neutro), e água suficiente para fazer uma massa elástica e fácil de estender com o rolo da massa.

Para o recheio, é preciso meia couve branca ou chinesa, uma cebola média, um centímetro de gengibre ralado (ou uma colher de café de gengibre em pó) e uma pitada de sal. Também fica bem com um pouco de cenoura ou de alho francês.

Seja o que for que se use, primeiro prepara-se a massa. Faz-se uma pequena bola misturando os ingredientes e põe-se de lado, coberta por um pano.

Cortar depois os legumes em juliana fina, esmagar o gengibre e levar ao lume com um fio de óleo, até ficarem tenros.

Cortar a massa em pequenos cubos (15 a 17), um para cada momo. Estender finamente com o rolo da massa (se precisar, pode polvilhar com um pouco de farinha), cortar círculos e colocar uma colher de chá bem cheia do recheio no centro.

As maneiras de fechar os momos  variam muito, do simples “estilo rissol” ao “estilo chamuça”, ou o meu favorito, o “estilo trouxinha”.

Para cozer a vapor utilizei os recipientes tradicionais em bambu, à venda em qualquer loja chinesa. É preciso untar muito bem o interior com óleo, onde vai colocar os momos. Deixar um pouco de espaço entre eles.

Enquanto prepara o recipiente para cozer, leve água ao lume num wok, até ferver. Quando levantar fervura, colocar o recipiente com os momos no wok, verificando que a água não lhes toca, e deixar cozer durante 10 minutos.

Os momos podem servir de refeição, de petisco ou de entrada, e são servidos mesmo assim, sem acompanhamento para além de um molho simples ou, mais raramente, de um caldo de legumes. Gosto particularmente de molho de soja com cebolinho picado, ou de molho de mostarda (uma colher de chá de mostarda misturada num iogurte de soja natural não açucarado, com umas gotas de limão).

A receita é conhecida no Tibete e no Nepal, mas os momos também são comuns em certas zonas da Ásia Central e da da China, assim como no norte da Índia. É comum encontrá-los à venda na rua, em Kashgar (Xinjiang, China), onde geralmente levam carne, ou em minúsculos restaurantes especializados em momos no Nepal.


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