Na Argentina, pela rota das nuvens

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O Tren de las Nubes circula no norte da Argentina, numa linha cada vez mais reduzida. Mas o cenário é belíssimo, e vale a pena percorre-lo seja em que transporte for.

Na Argentina, pela rota do Tren de las Nubes

O Tren de las Nubes – comboio das nuvens – atravessava os Andes em direção ao Chile. Partia de Salta, na Argentina, em direção a Antofagasta, na costa do Chile, as duas cidades destinadas a ser servidas por esta linha, utilizada sobretudo para escoamento de minério do interior.

O viaduto de La Polvorilla foi inaugurado em 1932, depois de onze anos de trabalho, mas só em 1941 é que partiu o primeiro comboio carregado com minério – e apenas em 1948 se uniram as vias argentina e chilena; um mês e vinte e sete anos de trabalho depois de ter começado a sua construção, o Tren de las Nubes foi inaugurado oficialmente.

A linha foi anunciada como a terceira mais alta do mundo, mas neste momento é a quinta. E apenas se percorre uma ínfima parte, entre San Antonio de los Cobres e o viaduto de La Polvorilla, que fica a 4420 metros de altitude.

O percurso acabou por se tornar essencialmente turístico, mas por falta de manutenção a linha esteve fechada durante anos. Depois de aberta, os acidentes foram-se sucedendo, os tramos utilizados foram-se reduzindo, e em 2016 já só é possível circular no Tren de las Nubes entre San Antonio de los Cobres e o viaduto, fazendo-se todo o restante caminho em autocarro e jipe.

Tirando o charme do comboio, que é sempre um ponto positivo (o ritmo, a velocidade, as janelas grandes, a possibilidade de se levantar e caminhar) não se perde nada em fazer o trajeto por estrada, tal como algumas agências de Salta oferecem. A experiência da puna andina, com os seus montes nus de pontas brancas, os salares, a terra nua e colorida, onde passam alpacas, vicunhas e lamas, as aldeias perdidas, as perigosas estradas em serpentina, as nuvens ameaçadoras e palpáveis da tarde, são um cenário a não perder.

Paisagens solitárias e inóspitas ao nível das mais belas dos Andes, podem ser avistadas numa viagem de menos de um dia – apesar de o comboio já não nos levar até às nuvens.


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