Uma homenagem aos cafés da Arménia, com taboulé e hummus

Receitas

É fantástico podermos sentar-nos numa esplanada e ter um petisco vegetariano à disposição. É o que acontece em muitos dos cafés da Arménia. Sobretudo em Erevan, a capital, onde taboulé e hummus são pratos frequentes.

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Receitas de tabulé e hummus dos cafés da Arménia

O taboulé e o hummus são petiscos com origem no Médio Oriente que podemos encontrar com facilidade em cafés, supermercados e lojas de comida pronta na Arménia, o que prova o carácter de fusão deste país antiquíssimo, situado no Baixo Cáucaso.

São pratos frescos e apetitosos, adequados ao verão e aos piqueniques. O hummus é muitas vezes servido com lavash, um tipo de pão muito fino e maleável que se rasga com as mãos – delicioso!

As receitas aqui descritas são apenas a base para criar a sua própria variante. Para mim, estes são sabores que vão ficar sempre associados aos cafés de Erevan, onde, tal como em Portugal, se cultiva a arte de “esplanar” quando está sol, de preferência na companhia de amigos e família.

Receita básica de hummus com tahin

É preciso: 1 copo de grão-de-bico cozido, sumo de 1 limão, 1 colher de sopa de azeite, 1 dente de alho, 1 colher de chá bem cheia de tahin (ou tahini, pasta de sésamo que se compra em frasco) água, sal e pimenta a gosto.

Reduzir o grão a pasta num processador de alimentos juntamente com os outros ingredientes, acrescentando aos poucos água suficiente para obter uma mistura macia e cremosa.

Pode fazer o hummus sem o tahin, juntar um pouco de beterraba para ficar rosado ou coentros para ficar verde. Também pode polvilhar com colorau fumado, sementes de sésamo, pimenta preta e um fio de azeite – esta é uma receita muito versátil.

À falta de lavash, que nunca encontrei à venda em Portugal, o hummus pode ser servido com tostas, pão pitta ou qualquer pão rústico, como entrada, ou fazendo parte de uma sandes.

 Receita de taboulé

É preciso: cerca de 250 gr de sêmola de trigo (cuscuz) ou de bulgur (   ), 1 colher de sopa de azeite, ½ litro de água a ferver, 1/2 copo de salsa e 1/2 copo de menta, ambas picadas, uma cebola também picada, 2 tomates cortados em pedaços pequenos, azeitonas sem caroço, sumo de um limão, sal e pimenta.

Colocar a sêmola numa tigela grande (cresce até 3 vezes mais), regar com o azeite e misturar com um garfo. Fica com o aspeto de areia molhada.

Juntar o sal e cobrir com a água a ferver, de modo a ficar pouco menos de um centímetro acima da sêmola. Deixar repousar 8 a 10 minutos.

Separar os grãos da sêmola com um garfo e juntar todos os outros ingredientes. Temperar a gosto com pimenta e corrigir o sal. Servir frio – fica muito bom se for feito de véspera.

A receita pode ser modificada a gosto, introduzindo mais ervas, como coentros e cebolinho– na Arménia o tabulé é mesmo muito verde! – ou outros legumes, como milho, ervilhas, pequenos dados de cenoura, etc.

 

 

 

 

 

 

 

 

 


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Paulo Azevedo Maio 18, 2015 às 14:20

Adoro hummus e já tentei fazer várias vezes sem grande sucesso. Vou dar uma oportunidade a esta receita e ver se corre melhor. Obrigado 🙂

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Comedores de Paisagem Maio 18, 2015 às 14:42

Paulo, agradecia que me dissesse como correu. 🙂
Porque é que não consegue? O que acontece?

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Ricardo Ribeiro Maio 21, 2015 às 11:39

Passei os dias em Yerevan, mas do ponto de vista gastronómico não correu muito bem… talvez por ter ficado com norte-americanos com uma atitude de expats… mas no último dia, encontrei-me com Anton, uma enciclopédia andante sobre a Arménia, que me convidou para jantar, perguntou se eu queria ir comer a algum lado especifico… eu disse… .à tasca mais genuina e popular que te consiga ocorrer… e fomos… em cheio… uma gorduxa a fazer grelhados numa tasca… comida fabulosa, simples mas imensamente gostosa… dos melhores grelhados que já comi, até se fica a pensar como uma coisa aparentemente tão simples como um grelhado pode saber tão bem… com uma salada e batata assada no forno igualmente divinal. Depois, à laia de sobremesa, levou-me a um páteo onde me explicou a micro-sociedade das traseiras dos blocos de habitação de Yerevan… ali, havia uma padaria onde comi, entre outros bolos deliciosos, uns ecclair que nunca esquecerei… NUNCA ! 🙂

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Comedores de Paisagem Maio 21, 2015 às 17:24

Lamento, Ricardo… eu tive mais sorte! A comida é bem simples e vem de todo o lado – ainda ontem estava a falar com uma amiga que está em Erevan sobre uns rolinhos de ervas do Kharabak, maravilhosos…

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