Junto ao mar da Ericeira

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Considerada um dos melhores spots de surf da Europa, a Ericeira atrai sobretudo os amantes deste desporto. Mas se não houvesse mar, a vila não ficaria vazia.

Ericeira, com ou sem mar

Mesmo antes de ver o mar, percebe-se a ligação da vila ao surf e ao bodyboard pelo número de lojas dedicadas a estas especialidades, pelas placas em forma de prancha que assinalam as praias, pela quantidade de carros que passam carregados de pranchas, à procura das melhores ondas.

A costa da Ericeira foi a primeira povoação da Europa a obter o título de Reserva Mundial de Surf, em 2011, e praias como a dos Coxos, Ribeira d’ Ilhas ou Pedra Branca têm todas as qualidades para nunca ficarem vazias. Mas mesmo num fim de semana chuvoso de inverno, a vila tem mais para atrair gente em busca de sossego num lugar tranquilo e muito pitoresco.

As ruelas estreitas empedradas, com casinhas brancas debruadas a azul e telha vermelha de canudo, formam um labirinto que desemboca sempre no mar. Construída no alto de uma falésia, a Ericeira é um miradouro sobre a costa, desde o castelo de Sintra, transformado numa torre longínqua, aos cabos mais próximos, que escondem sempre enseadas onde o mar se deita em ondas que, dizem os surfistas, são “diferentes”.

O porto piscatório fica lá em baixo, no areal e, embora tenha vivido a sua época áurea no século XIX, continua bem ativo; cá em cima instalou-se uma nova atividade: o turismo. Hotéis e hostels, muitos deles em casas recuperadas, como a Casa das Aguarelas, oferecem diversidade e conforto para quem vem por um par de dias ou várias semanas.

Também as lojas, restaurantes e cafés, geralmente bem cuidados e decorados com gosto, transformam a vila piscatória num acolhedor local de lazer onde não falta escolha para comer ou descansar, depois de uma caminhada pela praia, ou uma visita ao Convento de Mafra. É que além de abençoada por um clima ameno, a Ericeira também tem uma localização privilegiada: a 35 km de Lisboa, 18 de Sintra e 8 de Mafra, fica à mão de semear para quem vem do sul, e é um belo poiso para quem quer visitar qualquer uma destas localidades.

O forte de Nossa Senhora da Natividade e o local de onde a família real partiu para o exílio, depois da revolução republicana – assinalado numa singela capelinha -, são a parte mais visível de uma longa história que começou com os fenícios. Mais recentemente, cerca de 3.000 refugiados de várias nacionalidades (de alemães a polacos, franceses e holandeses) por aqui foram acolhidos durante a II Guerra Mundial.

Hoje as línguas que ouvimos nas ruas são as mesmas, mas são faladas por veraneantes em busca de praia e bom tempo, ondas e festivais de música que animam o verão. Mas sempre acolhedora e ao tamanho dos nossos passos, a vila da Ericeira vale bem a visita, mesmo para quem não aprecia os prazeres da prancha.

 


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Vanessa Fevereiro 11, 2016 às 11:49

Estava mesmo com saudades de Portugal, especialmente do mar ao pé de minha casa. Obrigado!

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Comedores de Paisagem Fevereiro 11, 2016 às 17:49

Ainda bem, fico feliz! Obrigada eu! 🙂

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Eduardo Pacheco Fevereiro 25, 2016 às 15:59

Estou mesmo a ponderar passar pela Ericeira este verão! Obrigado pelo post!

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Comedores de Paisagem Fevereiro 25, 2016 às 16:30

Vale a pena! 🙂

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