Com raízes em Espanha e em Itália, a gastronomia Argentina fornece-nos um sem número de receitas vegetarianas que incluem snacks, como as empanadas, e molhos deliciosos, como o famoso chimichurri, o melhor acompanhamento do mundo para a parrillada argentina.
Receita de parrillada vegana argentina com chimichurri
A Argentina é conhecida sobretudo pela sua carne, o que é uma pena, uma vez que a diversidade de paisagens que oferece também se reflete na sua gastronomia. Nas cidades maiores, os restaurantes vegetarianos e veganos já são uma presença normal (Buenos Aires conta mais de 60). E mesmo em terras mais pequenas mas que recebem bastante turismo internacional, como El Calafate ou El Chaltén – onde viajamos com o Fotoadrenalina – já há onde saciar a fome sem esforço.
Antes de mais: parrilla é o grelhador, a carvão ou elétrico. E eu e os os argentinos todos preferimos o de carvão, mais tradicional e que dá outro sabor à comida. Se tiver um jardim, não hesite em preparar o carvão com antecedência, para fazer esta receita ou umas belas espetadas, por exemplo. Caso contrário, temos sempre o grelhador elétrico.
Nesta receita de parrillada argentina com chimichurri exploramos em casa o que é uma refeição típica deste país: uma porção de proteína e legumes variados assados na grelha (escolhemos salsichas e seitan), acompanhamentos vegetais e uma pasta italiana (gnocchi de limão), regados com um chimichurri caseiro.
Na Argentina é possível encontrar à venda a mistura de ervas secas do chimichurri, que basta misturar com azeite. Mas a versão caseira e fresca é bem melhor e mais bonita.
Para uma parrillada de duas pessoas, usei 4 fatias de seitan e duas salsichas, para grelhar na chapa ou no carvão.
Para os acompanhamentos de vegetais variados, usei um pimento, um punhado de tomates cereja, 3 maçarocas de milho pequenas, meia dúzia de espargos já cozidos a vapor, 4 mini pepinos, uma c/sopa de manteiga de amendoim, 2 c/sopa de água quente, piripiri, sal e amendoins torrados.
Para os gnocchi com limão: meio pacote de gnocchi de batata de compra, sumo de um limão e raspa de meio, uma noz de margarina vegetal, 4 c/sopa de natas vegetais. Opcional: queijo vegetal (tipo caiju) ralado, para polvilhar no final.
Para o chimichurri: ½ copo de azeite, 2 c/sopa de vinagre de vinho tinto, ½ copo de salsa picada (ou metade de salsa e outra de coentros), 4 dentes de alho picado, 1 c/chá de piripiri picado, 1 c/chá de orégãos (pode ser secos), 1 c/chá de sal, pimenta preta a gosto. Há quem faça o molho no triturador, mas o tradicional é mesmo picado à mão. Misturar, e está pronto a usar.
Aquecer o grelhador elétrico ou a carvão. Distribuir as salsichas e o seitan na chapa e pincelar ligeiramente com o chimichurri. Ao lado, grelhar o pimento cortado a meio e sem sementes, e os espargos.
Entretanto, cozer os gnocchi segundo as instruções, e saltear com margarina, numa sertã, a quantidade desejada. Quando começarem a aloirar, polvilhar com metade da raspa e juntar o sumo do limão. Mexer mais um pouco e regar com as natas, mexendo mais uma vez. Retirar do lume e polvilhar com o resto da raspa e o queijo vegetal, se usar. É muito bom frio, a acompanhar as saladas que, entretanto, vai preparando: o pimento e os espargos são cortados em pedaços, o milho e o tomate também, sendo colocados em pratos separados.
O grelhado acaba de se fazer todo ao mesmo tempo e só falta a salada mais exótica, de pepino e amendoim: cortar os pepinos e regá-los com a manteiga de amendoim diluída na água quente. Polvilhar com amendoins inteiros e um toque de pimenta preta.
Pode variar as saladas de acordo com o que tenha em casa, desde que sejam legumes que ficam bem grelhados ou crus. Todos os acompanhamentos são frios; só a parrilla de seitan e salsicha é servida quente, bem regada com o chimichurri.
Degustar acompanhado com vinho argentino, e imagens da Patagónia e da Terra do Fogo…
Para saber mais sobre a gastronomia argentina vegana, visite o site www.holavegan.com.