Bolívia – Silpancho vegano

Receitas

Na Bolívia, o silpancho é um dos pratos mais comuns nos restaurantes populares.  Não é saudável, nem vai ganhar nenhum prémio de requinte gastronómico, mas a sua popularidade fez-me ficar curiosa. Aqui está a minha versão sem dor – um silpancho vegano, pois claro!

Sillp’achu’ significa achatado e fino, em quechua, uma das línguas andinas mais faladas na Bolívia. Neste caso, substituímos a carne fina ou panado finíssimo por um picado vegano, tipo Next Level, que se pode moldar facilmente.

Basicamente, o silpancho é servido às camadas: a primeira é de arroz, a segunda o panado, e a seguir um picado de tomate e cebola. Ao lado, dispõe-se rodelas de batata. É um prato originário de Cochabamba mas popular no país todo, sobretudo nos restaurantes mais básicos ou barraquinhas de rua.

Receita de dose dupla de silpancho vegano

Primeira camada: duas doses de arroz branco previamente cozinhado.

Segunda camada: metade de uma embalagem de picado vegano, 2 dentes de alho e uma cebola pequena, salsa, sal e pimenta preta a gosto, assim como um toque de cominhos. Farinha, 1 colher de sopa de linhaça em pó, 3 colheres de sopa de água e pão ralado para panar; óleo de amendoim para fritar; limão para guarnecer.

Terceira camada: uma cebola pequena, um tomate médio, vinagre e sal.

Por último, uma batata média.

Primeiro, por a batata descascada, inteira, a cozer em água com sal.

Enquanto coze, preparar a parte de cima do silpancho: picar o tomate e a cebola, polvilhar com sal e temperar com um pouco de vinagre. Reservar.

Preparar o ovo: misturar a linhaça com a água, bater bem e reservar.

Picar o alho, a cebola e a salsa e misturar à mão com o picado vegano. Temperar com sal, pimenta e cominhos a gosto. Fazer duas bolas – cada uma delas será um silpancho. Polvilhar uma tábua com farinha e estender uma de cada vez com o rolo da massa e a farinha necessária.

Aquecer um pouco de óleo numa sertã. Quando estiver quente, mergulhar cada panado na linhaça e a seguir passar por pão ralado. Fritar dos dois lados, até ficar bem dourado. Colocar os silpanchos num guardanapo de papel para retirar alguma gordura.

Entretanto, a batata já cozeu e pode ser cortada em rodelas grossas e ligeiramente frita no óleo.

Aquecer o arroz e montar o prato, polvilhando com salsa e guarnecendo com limão.

A Bolívia não é conhecida pela sua gastronomia requintada ou revolucionária. Quem soube capitalizar a comida desta zona da América do Sul, nomeadamente a andina, foi o Peru que a elevou a Património Mundial da Humanidade. Na Bolívia, um dos países mais pobres deste continente, percebe-se bem que toda a vida, incluindo a vegetal, é duríssima, sobretudo no planalto andino. Apesar dos Andes serem a pátria de super alimentos como a quinoa e o amaranto, a comida servida nos restaurantes é simples e abundante, aparecendo quase sempre carne, batata ou inhame.

O vegetarianismo desponta nas cidades, mas em lugares mais pequenos ou sem turismo, é visto com estranheza. Mas enquanto houver inhame, batata, tomate, abacate e quinoa, será sempre possível navegar pelas belíssimas paisagens deste país. O único onde se pode comer e dormir num hotel feito de tijolos de sal…

Hotel de sal no Salar de Uyuni

 

 


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