Chacarero e Barros Luco são duas sanduíches típicas do Chile, que sabem bem em qualquer lugar. Estas são as minhas versões veganas desta “comida portátil”, tão útil durante as longas caminhadas na Patagónia, ou os percursos de bicicleta pelo deserto de Atacama.
Se há sandes que podem representar um país pela sua popularidade e autenticidade – como a francesinha – estas representam lindamente o Chile: Barros Luco e Chacarero são nomes que fazem sorrir qualquer chileno fora do país.
Ambas merecem o destaque de qualquer prato típico, pelo sabor e pela popularidade: a Barros Luco tomou o nome do presidente chileno que a pedia sempre no restaurante do Congresso Nacional, e a Chacarero foi considerada pela revista Time como uma das mais interessantes do mundo.
Ainda por cima, ambas têm grande potencial para serem boas companheiras de caminhadas no Chile. Um país extraordinário, que tem numa ponta o deserto mais seco do mundo – o Atacama – e na outra ponta, a Patagónia, com alguns dos maiores campos de gelo do mundo.
Estas sanduíches são muito saborosas e constituem uma autêntica refeição. Em ambas utilizei seitan marinado em vinho tinto e cebola (uma espécie de vinha d’alhos simplificada) a substituir a carne.
Comecemos pela mais simples:
Barros Luco
É boa quente ou fria, e a sua simplicidade deixa-nos apreciar a combinação paradisíaca de seitan com queijo – adoro!
É preciso: um pão de sanduíche, um “bifinho” fino de seitan, uma fatia de queijo vegano que derreta (tipo fatiado da Violife).
Grelhar ligeiramente o seitan enquanto se aquece, na mesma grelha, o pão cortado a meio. Enquanto o seitan está quente, coloca-lo no pão com o a fatia de queijo por cima e fechar, para derreter. É só…
Chacarero
Esta é uma sandes com um ingrediente secreto e verdadeiramente surpreendente, mas que fica aqui a matar: feijão verde!
É preciso: 1 pão que fique bem em sanduíche (eu gosto de pães com mais crosta que miolo, como pão da avó ou de água, mas isso depende do gosto de cada um), 1 ou 2 fatias finas de seitan, meia dúzia de feijões verdes cozidos (de preferência a vapor, para conservarem o sabor), duas ou três rodelas de tomate, maionese veggie e picante a gosto – tradicional é mesmo malagueta verde…
Grelhar o seitan dos dois lados enquanto se aquece o pão na grelha. Barrar o pão com maionese. Colocar primeiro o seitan no pão, depois as rodelas de tomate e terminar com o feijão verde e o picante por cima. Fechar com a outra metade do pão.
Novidade boa: os albergues de montanha no Parque Nacional Torres del Paine (Patagónia chilena) estão preparados para alimentar veganos no local, assim como para preparar deliciosas sandocas para o caminho!